O filme "Tropa de elite" ocupa posição especial na mente de grande parcela dos brasileiros. A pirataria fez com que o filme fosse alçado a um nível invejável de popularidade. É difícil alguém que nunca tenha assistido ao filme e impossível alguém que nunca ouviu falar dele.
Quando ouvi rumores de uma continuação, começei a pensar que seria só mais um caça-níquel que iria tirar proveito do primeiro, mas é com satisfação que digo que o filme está muito, muito longe disso e deixa de ser um mero caça-níquel, em minha mente, para ser uma das produções mais louváveis da história do nosso cinema.
Sinopse: 2010. Nascimento enfrenta um novo inimigo: as milícias. Ao bater de frente com o sistema que domina o Rio de Janeiro, ele descobre que o problema é muito maior do que imaginava. E não é só. Ele precisa equilibrar o desafio de pacificar uma cidade ocupada pelo crime com as constantes preocupações com o filho adolescente.
O consagrado diretor José Padilha tem colaboração de Braúlio Mantovani (roteirista indicado ao oscar por Cidade de Deus) para a elaboração do roteiro e talvez por isso, vejo muita da produção nacional indicada a 4 oscar e dirigida por Fernando Meirelles com esta obra dramática policial de Padilha.
É impressionane o nível de perfeição e complexidade narrativa que nosso cinema alcança nesta obra. Uma montagem nada menos que genial faz com que entremos na aura do filme e sejamos contaminados pelo mesmo clima de repulsa mediante o que nos é apresentado.
O elenco se encontra formidável, sendo encabeçada pelo personagem mais icônico de nosso cinema, e uma das maiores atuações já feitas aqui está neste filme e cabe ao genial Wagner Moura. Torço para que ele encontre méritos nas futuras premiações internacionais. Temos também atuações impecáveis Sandro Rocha e André Mattos por exemplo, mas todos estão muito bem.
A mensagem de que tudo no Brasil é corrupção e que há um sistema que manda em nosso país é genialmente passada e articulada pela narração de Nascimento. Somos apresentados aos fatos que o protagonista vai descobrindo sem qualquer atropeço e tudo vai se desenvolvendo de forma natural.
Mas sem dúvida, este é um filme pesado, Tanto ideológicamente, tanto fisicamente, visto as inúmeras cenas de fria execução, brigas sanguinárias etc... Mas fico feliz em ver o público brasileiro indo prestigiar a obra no cinema. Tive a honra de assistir a esta obra numa cidade do interior de Minas Gerais - Três Corações, onde soube que as salas nunca enchiam, mas durante a projeção do filme foi com satisfação que vi pessoas sentadas até mesmo nas escadas e em pé e mesmo assim gostando e aplaudindo o que estavam vendo na grande tela.
Nem tudo é perfeito, mas muitas coisas são. A trilha sonora poderia ser muito melhor e não tem muito a dizer. A elaboração de algumas cenas no puro estilo "Cidade de Deus" soa como uma cópia muito forte as vezes. Mas nada que faça o filme perder muito mérito.
Coloca esta obra no patamar mais elevado do nosso cinema, próximo de obras como "Cidade de Deus" e "Central do Brasil" e acima de vencedor do festival de Berlim "Tropa de elite". Esta posição não está apenas pela construção quase hollywiadiana do filme, com cenas de ação perfeitamente elaboradas e outras bastante tristes e até mesmo que nos indignam, mas também pela mensagem e complexidade "roteirística" que o filme alcança.
PARABÉNS a José Padilha, Wagner Moura, Daniel Resende e todos os que ajudaram a fazer este filme. Espero que tenhamos até mais reconhecimento do que o primeiro Tropa de elite, já que tem capacidade para tal.
Mas não esqueçamos com a frase irônica que o filme tem início:
"Qualquer semelhança com a realidade é apenas uma coincidência. Essa é uma obra de ficção".
NOTA: 9,0
É com prazer que li a notícia do G1 dizendo que Tropa de elite é a maior estréia do ano, a frente de "Chico Xavier" e "Nosso lar" com 1,25 milhões de espectadores no fim de semana. As duas obras espíritas citadas que ocupam a segunda e terceira posição, respectivamente, tiveram menos de 600 mil.
Vamos prestigiar o cinema nacional! Assistam este filme, vale a pena! Abraço e até a próxima!xD
Quando ouvi rumores de uma continuação, começei a pensar que seria só mais um caça-níquel que iria tirar proveito do primeiro, mas é com satisfação que digo que o filme está muito, muito longe disso e deixa de ser um mero caça-níquel, em minha mente, para ser uma das produções mais louváveis da história do nosso cinema.
Sinopse: 2010. Nascimento enfrenta um novo inimigo: as milícias. Ao bater de frente com o sistema que domina o Rio de Janeiro, ele descobre que o problema é muito maior do que imaginava. E não é só. Ele precisa equilibrar o desafio de pacificar uma cidade ocupada pelo crime com as constantes preocupações com o filho adolescente.
O consagrado diretor José Padilha tem colaboração de Braúlio Mantovani (roteirista indicado ao oscar por Cidade de Deus) para a elaboração do roteiro e talvez por isso, vejo muita da produção nacional indicada a 4 oscar e dirigida por Fernando Meirelles com esta obra dramática policial de Padilha.
É impressionane o nível de perfeição e complexidade narrativa que nosso cinema alcança nesta obra. Uma montagem nada menos que genial faz com que entremos na aura do filme e sejamos contaminados pelo mesmo clima de repulsa mediante o que nos é apresentado.
O elenco se encontra formidável, sendo encabeçada pelo personagem mais icônico de nosso cinema, e uma das maiores atuações já feitas aqui está neste filme e cabe ao genial Wagner Moura. Torço para que ele encontre méritos nas futuras premiações internacionais. Temos também atuações impecáveis Sandro Rocha e André Mattos por exemplo, mas todos estão muito bem.
A mensagem de que tudo no Brasil é corrupção e que há um sistema que manda em nosso país é genialmente passada e articulada pela narração de Nascimento. Somos apresentados aos fatos que o protagonista vai descobrindo sem qualquer atropeço e tudo vai se desenvolvendo de forma natural.
Mas sem dúvida, este é um filme pesado, Tanto ideológicamente, tanto fisicamente, visto as inúmeras cenas de fria execução, brigas sanguinárias etc... Mas fico feliz em ver o público brasileiro indo prestigiar a obra no cinema. Tive a honra de assistir a esta obra numa cidade do interior de Minas Gerais - Três Corações, onde soube que as salas nunca enchiam, mas durante a projeção do filme foi com satisfação que vi pessoas sentadas até mesmo nas escadas e em pé e mesmo assim gostando e aplaudindo o que estavam vendo na grande tela.
Nem tudo é perfeito, mas muitas coisas são. A trilha sonora poderia ser muito melhor e não tem muito a dizer. A elaboração de algumas cenas no puro estilo "Cidade de Deus" soa como uma cópia muito forte as vezes. Mas nada que faça o filme perder muito mérito.
Coloca esta obra no patamar mais elevado do nosso cinema, próximo de obras como "Cidade de Deus" e "Central do Brasil" e acima de vencedor do festival de Berlim "Tropa de elite". Esta posição não está apenas pela construção quase hollywiadiana do filme, com cenas de ação perfeitamente elaboradas e outras bastante tristes e até mesmo que nos indignam, mas também pela mensagem e complexidade "roteirística" que o filme alcança.
PARABÉNS a José Padilha, Wagner Moura, Daniel Resende e todos os que ajudaram a fazer este filme. Espero que tenhamos até mais reconhecimento do que o primeiro Tropa de elite, já que tem capacidade para tal.
Mas não esqueçamos com a frase irônica que o filme tem início:
"Qualquer semelhança com a realidade é apenas uma coincidência. Essa é uma obra de ficção".
NOTA: 9,0
É com prazer que li a notícia do G1 dizendo que Tropa de elite é a maior estréia do ano, a frente de "Chico Xavier" e "Nosso lar" com 1,25 milhões de espectadores no fim de semana. As duas obras espíritas citadas que ocupam a segunda e terceira posição, respectivamente, tiveram menos de 600 mil.
Vamos prestigiar o cinema nacional! Assistam este filme, vale a pena! Abraço e até a próxima!xD
Finalmente uma crítica que concordo 100% com vc.
ResponderExcluirPrefiro o 1º... Mas os dois filmes eu considero obras-primas!
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