terça-feira, 2 de novembro de 2010

As múmias do faraó

Não os culpo se jamais ouviram falar deste filme francês em cartaz. Eu também não o conhecia segundos antes de receber o convite para assistí-lo nos cinemas e de certa forma posso dizer que tive uma agradável surpresa.

É inegável que o cinema francês está crescendo e muito e já é um dos mais respeitados, com filmes como Amélie Poulain, Invasões bárbaras, Piaf e Persepolis, só para citar alguns dos mais novos. E nesta nova produção francesa dirigida e roteirizada por Luc Besson vemos as aventuras de Adèle Blanc-Sec num estilo fantástico e bem divertido.

Começemos, antes da crítica, pela tradução do título. Não julgue o filme por ser título nacional que é realmente bizarro. Pois bem, vamos, de fato, a crítica:

Sinopse: "Adèle, uma jovem e determinada repórter, viaja até o Egito buscando encontrar a cura da doença de sua irmã na tumba secreta de um faraó. Ao retornar para Paris, ela percebe que algo aconteceu na sua ausência: o pânico tomou conta da população. Um ovo de dinossauro de milhões de anos, localizado em um museu, libertou misteriosamente uma criatura que passa a aterrorizar a cidade."

O filme começa com uma narração detalhista no estilo de "O fabuloso destino de Amélie Poulain", mas nem de longe consegue captar toda a genialidade do último. A intenção do filme foi boa, mas aqui não há muita razão para o filme começar assim, visto que logo depois isso é completamente abandonado e não temos mais narração. Com um vai e vem um pouco confuso de personagens, somos introduzidos a protagonista.

O filme se desenvolve num clima leve e bastante descontraído. Vamos acompanhando as aventuras de Adéle e assim o filme sem desenvolve. Há um estilo interessante, além de uma técnica invejável. Efeitos visuais fantásticos, no estilo hollywidiano mesmo. Quase em momento algum identificamos alguma falha no visual e além disso temos um setor artístico impressionante que capricha na direção de arte, figurino e maquiagem. Se o filme tiver algum sucesso internacional, acredito que poderá ter também sucesso nas premiações de fim/início de ano.

Sem dúvida é um filme que valhe a pena pela diversão descompromissada tanto no setor de efeitos e aventura quanto no de comédia. As falhas do filme são óbvias, mas isto provavelmente se deve ao livro que baseou a produção cinematográfica. Personagens super caricatos e bastante divertidos em situações que fluem no filme.

Dê uma chance para esta produção francesa que conseguiu fazer tanto com apenas 25 milhões. Sem dúvida representa um salto grandioso para o cinema francês no setor técnico, mas de certa forma representa um retrocesso no setor roteirístico e criativo, assim como a produção nacional "Nosso lar" para o Brasil.

NOTA: 6,5

Abraço e até a próxima!

Nenhum comentário:

Postar um comentário