domingo, 3 de abril de 2011

Além da vida

"Tocados pela morte, mudados pela vida".

Esta é a frase que é encontrada nos posteres do último filme de Clint Eastwood "Além da vida". O próprio diretor disse há certo tempo que este é seu filme mais "moçinha" e é pura verdade, rsrsrs! É, sem dúvida, um filme muito sentimental que trata de temas delicados como morte por exemplo, mas que não é nem de longe o momento mais inspirado deste que é um dos diretores vivos que mais gosto. No geral é um roteiro sem grandes surpresas ou inovações, consideravelmente simples, sem muito o que dizer. O excelente roteirista Peter Morgan, responsável pelas obras primas A rainha e Frost/Nixon não se sai bem na sua parceria com Clint.

Eu particularmente gosto muito de Clint e ao menos simpatizei com todos os seus filmes que já vi, até mesmo com as suas produções mais recentes que são encarados com maus olhos por alguns, como "A troca", "Gran Torino" e "Invictus", mas com este aqui a história é diferente. Achei um filme bastante lento e arrastado que carrecia de uma história mais profunda, especialmente por tratar deste tema que poderia ser muitíssimo emocionante. O que acompanhamos por mais de longas duas horas são 3 histórias, aparentemente sem ligação,(grande clichê) que começa a se encontrar devido a assuntos relacionados a morte e afins.

Alguns dos problemas destes filmes que mostram várias histórias separadas que acabam se juntando por algum motivo são: Algum dos focos contados ser chato e não ter uma razão um pouco elaborada para os personagens estarem compondo um mesmo filme. O problema é que ambos estão fortes no filme. Nenhum dos 3 focos são realmente interessantes e não soa bem os 3 juntos. Além disso o romance que aparece na história parece forçado e uma desculpa fraquíssima para juntar as personagens.

Outra coisa que foi muito discutida sobre o filme: Os efeitos visuais. Não é tão bom assim. Ele se baseia quase unicamente na cena da tsunami que tá longe de ser marcante e não soa muito boa em algumas tomadas. Se o filme merecia ser indicado ao oscar, seria para atriz coadjuvante para Bryce Dallas Howard e não pelos efeitos visuais.

Enfim, não é um filme chato, mas que não é bom, definitivamente. É aquele filminho água com açucar que enjoa pela longa duração e incomoda por certos clichês e é triste que isto veio do genial Clint Eastwood, diretor de filmaços como "Menina de ouro", "Os imperdoáveis", "Cartas de Iwo Jima" e "Sobre meninos e lobos".

NOTA: 4,0

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Neste post, começo um outro marcador do blog: "Crítica de filmes". Farei mais com o passar do tempo para que fique mais fácil "paginar" o blog.
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No início de maio começarei uma enquete sobre os melhores filmes 2003, ok?
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Abraço, boa semana a todos e até a próxima! ^^

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