sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Reencontrando a felicidade

Depois de um longíssimo tempo com atuações consideradas ruins, Nicole Kidman volta com tudo neste novo drama ao lado de Aaron Eckart e Dianne West. O filme com uma história simples e desenvolvimento sem grandes surpresas, tem sua principal força no elenco, responsável por cenas incríveis. Antes de tudo, vamos a sinopse:
Sinopse: "Becca (Nicole Kidman) e Howie (Aaron Eckhart) formam um casal com uma vida quase perfeita. Com bons empregos e uma casa espaçosa tudo parecida ir muito bem até que uma tragédia abala a estrutura do relacionamento: a morte do filho recém nascido do casal."

O filme retrata como é difícil lidar com a perda. O roteiro, apesar de simples, consegue desenvolver bem o que lhe foi proposto. Apesar de não ter quase nada a ver, não consegui parar de pensar em "Foi apenas um sonho" assistindo este filme. Apesar de achar este último um pouco melhor, ambos tem o principal alicerce num casal incrivelmente bem interpretado e com um papel coadjuvante interessantíssimo. Em "Foi apenas um sonho" estamos falando de Michael Shannon e em "Rabbit hole" de Dianne West que faz a mãe de Kidman.

O filme se desenvolve sem grandes acontecimentos ou algo surpreendente, mas mesmo assim em nenhum momento se torna chato. Ao tratar de um tema super complicado, o filme tem méritos de se sair bem aí, nos brindando com um filme interessante.

Mas falemos do que mais se sobressai aqui: Roteiro e principalmente elenco. O roteiro, como disse, é desenvolvido com simplicidade, mas pegando a essência da história, nos fazendo compreender personagens tão complexos que vivem um drama tão complicado.

No elenco, todos estão bem. Começemos por Aaron Eckart que infelizmente foi quase completamente ignorado nas premiações, mas tem a melhor atuação da sua carreira, ao menos dentre as que eu assisti. Em muitas cenas fica lado a lado com Kidman em genialidade. Dianne West está incrivelmente natural e também acho que poderia ter aparecido mais nos prêmios. Quando ela fala, não parece que está atuando, fazendo sua performance ganhar mais força. Mas o foco principal é o retorno da vencedora do oscar e dona de uma das melhores atuações da década: Nicole Kidman.

Ela desenvolve sua personagem com absurda naturalidade também, compondo uma personagem muito bem desenvolvida, ajudada pelo roteiro. Suas cenas de angústia, momentos de tristeza e discussões são um brinde que marcam seu retorno como grande atriz depois de projetos super mal criticados como "Nine", "Os invasores", "A feiticeira" e "Austrália" por exemplo. Fico feliz em vê-la indicada novamente e até aqui se sai como a 2ª melhor atuação feminina principal do ano, atrás apenas de Portman em "Cisne negro".

Enfim, é um filme simples com uma história simples, mas profunda. Suas chances no oscar residem apenas nas categorias que comentei neste post: atuações e roteiro. A produção também pode surpreender ao aparecer como melhor filme, mas acho difícil.

Nota: 7,0

OBSERVAÇÃO: Vim editar este post só para ter a honra de criticar o título nacional do filme. O título simplesmente não tem sentido dentro da proposta do filme.

Nenhum comentário:

Postar um comentário