terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Amor e outras drogas

A mais nova comédia romântica americana do ano usa e abusa do convencional e tradicional do gênero, mas se sobresai um pouco pelo casal de protagonistas: Os indicados ao oscar Anne Hathaway e Jake Gyllenhaal.


O personagem de Jake é um vendedor de móveis e produtos eletrônicos muito bom e carismático, mas também mulherengo e por isso acaba sendo demitido. Assim começa a vender remédios e tenta convencer um médico a passar a prescrever seu remédio para seus pacientes. Nesse cenário, Jake, se fazendo passar por outra pessoa, encontra a personagem de Anne no consultório do hospital e fica sabendo que ela tem mal de parkinson. E de forma pouco convincente e exagerada, eles se encontram certa vez. A partir daí Jake consegue o telefone de Anne e começam a ter um relacionamento puramente sexual até certo dia...

Para quem gosta de rir ou de romances, este filme é um prato cheio, pois neste aspecto tem muitas qualidades. Mas de um ponto de vista mais "chato", o filme apresenta consideráveis doses de clichês típicos, fins convencionais e situações padrão.

Como sempre temos um personagem coadjuvante engraçado e exagerado que faz rir com situações toscas, outras simplesmente inúteis, apenas para provocar alguns risos. Quase todos os demais personagens aparecem e somem, de certa forma, apenas para que a história dos protagonistas seja contado, não adicionado em praticamente nada à história. Temos um "pegador" que encontra o grande amor etc etc etc... Várias e vários situações repetidas de forma exaustiva em vários filmes.

Mas o casal principal segura bem as pontas, especialmente Anne que tem uma belíssima atuação, conseguindo misturar cenas engraçadas, de sexo e outras puramente dramáticas de forma bem natural. Jake também está bem, mas às vezes exagera no tom do seu personagem e faz caras e bocas desnecessárias. A química dos dois em dela é, para mim, o grande trunfo do filme.

A parte dramática do filme é interessante e aí está um ponto positivo. Consegue nos fazer pensar se teríamos a coragem de manter um relacionamento com alguém com o mal de parkinson e todas as suas consequentes dificuldades e este ponto de reflexão no filme é bem vindo. Mas é claro que sabemos que este ponto dramático do longa está ali exatamente para fazer chorar, novamente uma idéia batida. Além disso, nunca se aprofunda muito em nada.

Mas apesar de estar falando tanto do abuso de clichês e de um roteiro "mais do mesmo", eu simpatizei até bastante com o filme. É divertido e faz passar quase 2 horas com incrível facilidade. Nunca esperei uma obra com teor filosófico, intelectual nem nada disso, então saí do cinema até feliz: ri, fiquei triste, contente também e fui levado pela história. Às vezes é bom dar uma pausa nos filmes "cults" e assistir algumas comédias clichês, mas divertidas, rsrs! Ao pensar no filme lembrarei da química e dos personagens principais porque o resto é de certa forma descartável.

NOTA: 6,7

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Amanhã estarei de volta com o "Post III". Té lá!^^

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