sábado, 22 de janeiro de 2011

As viagens de Gulliver

Depois de imprevistos, fui assistir a nova comédia dos cinemas estrelada por Jack Black, "As viagens de Gulliver". O filme, como muitos sabem, é baseado no romance satírico que é um clássico da literatura inglesa, porém não a leva nem um pouco a sério e só deixa a premissa básica: Um homem acaba indo parar num lugar com pessoas pequenininhas. Premissa pequena, não? Pois é...
Em primeiro lugar queria apenas expôr o quanto a obra original foi diminuida e desrespeitada a níveis críticos neste longa de comédia. Mas para quem não dá a mínima para isso, talvez o filme possa reservar alguns bons momentos.

A parte inicial do longa é super problemática e nada tem de engraçada, apenas está ali para dar uma desculpa para que o personagem vá cair na ilha em questão. O filme só começa a "engrenar" e tirar umas gargalhadas depois de algum tempo dele na tal ilha mesmo.

As razões para que certas coisas acontecam são pífias, como por exemplo, o motivo que leva Jack Black a se jogar numa aventura nos mares. O desenvolvimento deixa um pouco a desejar em muitas partes também. Mas o roteiro tem méritos em suas refrências ao universo pop e até mesmo nerd. É neste quesito que estão guardadas as melhores surpresas do filme e a razão mais forte de você dar gargalhadas. Em certas partes parece que o filme está sacaneando a si mesmo e fazendo uma espécie de crítica, como por exemplo, na cena do sequestro da princesa.Os atores esão, no geral, caricatos, mas iso se deve ao roteiro falho. Jack Black se esforça no appel principal e realmente consegue ser até razoavelmente bem sucedido na parte que lhe cabe. Os efeitos do filme são simples, mas até que não são ruins.
A parte mais estranha, sem dúvida, fica na música final, rsrs! Apesar de tudo, eu gostei da aura, da felicidade do nada, típico dos musicais, mas entendo e critico esta parte devido a sua disparidade dentro do filme, simplesmente não faz o menor sentido e soa como uma falha grotesca.

O filme também usa e abusa das saídas fáceis e situações piegas para criar o máximo que pode. Sem dúvida é um filme super simples, que quase nada tem da obra literária e que constrói uma comédia em cima do carisma do protagonista e da cultura pop que permeia as telas. O destaque vai para a cena de abertura e para o curta inicial!

NOTA: 5,0

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