De pernas pro ar

O primeiro post do ano foi diferenciado. Não foi de cinema, mas sim um post sobre ciência feito especialmente pelo nosso amigo Gabriel. Depois deste, venho num post simples falar de um filme simples. Estou falando da comédia nacional estrelada por Ingrid Guimarães e que tem no elenco a casseta Maria Paula e Bruno Garcia.

Fui assistir ao filme sem grandes pretensões, queria apenas de divertir e rir um pouco. Dentro deste propósito, o filme até que satisfaz. Há algumas cenas muito engraçadas, outras um pouquinho menos, mas no geral o saldo é positivo no que tange a capacidade do filme de nos fazer rir.

Mas tirando isso sobra muita pouca coisa. Primeiramente, esta NÃO é uma comédia familiar. NÃO vá assistir com sua mãe e filhos por exemplo, pois há cenas que podem fazer algumas pessoas mais retraídas se sentirem mal e envergonhadas. Não é nada absurdo, mas cenas que mostram vários aparelhos sexuais e coisas do tipo não é tão familiar assim.

O trunfo do filme é trazer a tona um tema que por muitas vezes é tratado com vergonha e embaraço: sexo do ponto de vista feminino. Neste sentido o filme tem algum mérito, mas nada que te fará refletir filosoficamente.

Outro grave problema do longa é sua duração. Sem dúvida ele poderia ser menos longo, com várias cenas desnecessárias cortadas. Além disso vemos um festival de clichês, especialmente nas cenas mais dramáticas.

Quanto ao elenco, parabenizo Ingrid Guimarães que conduz muitas cenas com o suor de sua performance. No demais não a grandes aplausos. O ponto negativo do elenco, para quase todos, é Maria Paula. E de fato ela não se sai tão bem assim. Acostumada a "interpretar" de forma caricata em "Casseta & Planeta", ela não consegue se desvencilhar muito disto no filme. Mas não a considero com o principal ponto negativo do filme, como vários.

Sem dúvidas, é daqueles filmes onde você não deve esperar um grande filme, apenas algo para aliviar a tensão e passar o tempo neste período de férias escolares. Fico feliz com o sucesso de bilheteria deste filme nacional, apesar de certo fiasco da crítica. Não chega a ser um filme nem de longe tão bom quanto "Divã" ou "Se eu fosse você", mas vale o esforço. Quero agora ver o Brasil fazer filmes dramáticos e inteligentes no estilo "Central do Brasil", "Diários de motocicleta" ou "Cidade de Deus", porque de comédias já estamos ficando um pouco saturados, né?

NOTA: 4,8