Abençoado seja o gramado no qual Ele joga

Há tempos Ryan Giggs é meu ídolo. Sua classe, habilidade, sabedoria e cavalheirismo em campo impressionam e são um presente a qualquer pessoa no mundo que tenha ideia do que seja uma bola. E Seu olhar no campo inspira respeito a qualquer pessoa no mundo que saiba reconhecer um Deus.

Domingo, Ryan Giggs jogou. Jogou não. O que Ele fez vai além de jogar bola. Ele, no alto de seus quase 36 anos, fez uma cidade chorar. Parte dela de emoção, a outra parte de tristeza. Escrevo cidade, mas na verdade os limites de sua genialidade ultrapassam essas barreiras humanas simplistas. Afinal, Ele me fez chorar, mesmo estando do outro lado do oceano. Um oceano de distância, que não é nada quando se está, mesmo que em espírito, dentro do caldeirão de sensações que foi o Old Trafford naquele momento. A felicidade tomou conta da parte vermelha de Manchester. Da parte vermelha do mundo. O maior clássico United-City de todos os tempos não poderia ser diferente. 

Hoje, a história do Manchester United faz uma nobre e longa reverência ao grande Ryan. Que nossas almas possam ser tão puras quanto o futebol que Ele joga.

Obrigado, Ryan Giggs, por ser quem você é.