sábado, 26 de setembro de 2009

Fatos científicos

Bem, pretendo regularmente escrever, de forma resumida (na medida do possível xD), algumas notas científicas recentes, para informá-los com agilidade e um pouco de precisão. Sem mais demoras, vamos a alguns destaques:

Desenvolvida a primeira vacina com considerável taxa de prevenção de AIDS


Em uma parceria entre pesquisadores americanos e tailandeses, foi realizada uma pesquisa com cerca de 16 mil tailandeses, todos não portadores do vírus HIV, visando uma nova vacina, mais eficiente que as demais, para a prevenção da transmissão do vírus. A vacina, na verdade, era uma combinação de outras duas, a Alvac, do laboratório Sanofi-Pasteur, e Aidsvax, desenvolvida por uma empresa de San Francisco chamada VaxGen. O grupo foi dividido em duas partes, uma recebeu de fato a vacina, e a outra, recebeu placebo (qualquer fármaco inerente, ineficaz). Os voluntários seguiram suas vidas normalmente por três anos, e, ao fim desse período, ficou demonstrado que 31,2% menos pessoas que receberam as vacinas contraíram AIDS, com relação ao grupo do placebo. As vacinas foram testadas para atuarem principalmente contra a cepa do tipo E da doença, comum no sudeste asiático. Ainda é um resultado longe do ideal, mas foi um grande passo para as pesquisas em todo o mundo. 


Terapia genética contra o mal de Alzheimer 


Começará, nos EUA, o recrutamento de voluntários com mal de Alzheimer para uma pesquisa que promete ser um marco no tratamento da doença. Será testado o medicamento CERE-110, que contém um gene, e é injetado no cérebro do paciente via cirurgia. Parte dos voluntários receberá o medicamento e outra parte recebrá Placebo. Só que, somente os cirurgiões saberão quais pacientes receberam o que. Os pesquisadores e pacientes somente serão informados após o fim da análise dos resultados. 

Uma breve explicação: o mal de Alzheimer consiste na incorreta produção de proteína beta-amilóide pelos neurônios. Essas proteínas acumulam-se nas membranas dos neurônios, formando placas e não deixando-os respirar, e acaba por matá-los. Como vocês sabem, o DNA regula a produção de proteínas pela célula. Daí o fato de grande parte da doença dever-se a fatores genéticos, e por isso, a terapia visa estimular a ação de genes relacionados à produção de proteínas conhecidas como NGF (Neural Growth Factor, ou fator de crescimento neural), que ajudarão os neurônios a se reproduzirem, compensando a morte de outros e equilibrando a população. Esse mal é uma das doenças que mais evolui no mundo, e é caracterizado pelo aparecimento de diferentes estágios de demência nos pacientes, em sua maioria, idosos. (Ainda existe uma série de controvérsias sobre o real impacto das placas de beta-amilóide como causa do mal de alzheimer. Pesquisas recentes mostram que oligômeros, formadores dessa proteínas, são muito mais nocivos, batalhando contra a insulina, atrapalhando-a na sinalização molecular cerebral e complicando o surgimento de novas memórias, por exemplo. Mas esse é um assunto longo e merece um post particular. Em breve.)


reportagem sobre a pesquisa contra mal de alzheimer

para saber mais sobre mal de Alzheimer

para saber mais sobre AIDS


2 comentários:

  1. Tinha que ser o Gabriel para inaugurar um marcador de "ciência"...auhauha!

    Mas...PARABÉNS! Interessante! Finalmente algum post para injetar alguma cultura na mente de seus fiéis leitores! auahuaha!!!

    Continua com a idéia sim!xD

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  2. Muito bom esse novo assunto por aqui. Só pra corrigir o Anderson: injetar alguma cultura ÚTIL. XP

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